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Pois bem. Decidi que o último desenho do ano seria das minhas personagens em Dungeons & Dragons. Vocês não fazem ideia de como me diverti com elas.
“Essa algibeira é sua? Desculpe. Ah, as moedas também?”
A primeira que criei foi a ladina, Ceres. Com ela, apanhei muito no jogo...mas minha inexperiência no RPG só fez da minha thief alguém memorável e hilária. Por eu ter um azar sobrenatural nos dados, Ceres sofria milhares de danos ao tentar desativar armadilhas, levando choques, marretadas e bolas de fogo na bunda. Contudo, como havia criado-a com um ego quase tão grande quanto sua ambição, ela simplesmente ignorava esses...errinhos de percurso, achando-se capaz de fazer tudo. Bem, quase tudo.
Geralmente, minha sorte sorria para a ladina quando enganava trouxas na taverna em jogos de cartas, escondendo uma ou duas no decote. Lembro de diálogos engraçadíssimos dela com os outros personagens, ou de como saiu com os olhos brilhando de seu quarto na taverna só de toalha, ao ouvir o tilintar de moedas no aposento ao lado.
Ela é uma das responsáveis por eu amar tanto a classe Thief. Acabei fazendo outra, um pouco mais solidária e nem tão ambiciosa. Chamava-se Niele. Porém, nem longe conseguiu superar Ceres, que acabou roubando o espaço da outra no desenho.
“Por algumas moedas e aplausos, posso tocar para você. Bandolim, seu pervertido!
A segunda foi a barda Moriah. Uma classe muito interessante, essa. Tem similaridades com a classe ladina e, talvez, eu tenha escolhido por causa disso. Estava na minha “zona de conforto interpretativo”. Os bardos quebram um galho na falta de um thief no grupo.
Moriah era filha de uma dançarina com um bardo. Na adolescência viajava com os pais e a irmã mais velha se apresentando de cidade em cidade. A irmã e a mãe dançando e ela e o pai tocando e cantando. Uma pena que tiraram essa classe na 4ª edição de D&D, pois são extremamente divertidos se você gosta de caprichar na interpretação.
“Sinto-me agraciada pelos deuses por ser capaz de congelar idiotas. Derreter. E congelar de novo.”
A terceira foi a geniosa feiticeira Kaioh. A campanha não durou muito, mas ela estava caminhando para se tornar Necromante. Criei-a com o humor de Dragão de Komodo. Sua vida não foi fácil e ela não fazia questão de facilitar o convívio com os outros. Ríspida, irônica e direta, ela era um pequeno problema num grupo de aventureiros. Raptada de sua aldeia na pré-adolescência, ela acabou sendo vendida a um prostíbulo, até ser encontrada por uma poderosa feiticeira, que sentira a aura mágica da menina no estabelecimento, tornando-se assim a aprendiz da mulher. Kaioh não desgrudava de duas coisas: seu leque e seu corvo, Kirin.
Gostei muito de interpretá-la, principalmente por ter uma personalidade tão difícil. Geralmente, as minhas personagens são mais comunicativas e até gentis, então foi bom variar. Kaioh era uma espécie de Morrigan de Dragon Age Origins, fazendo comentários secos e sendo hilária...muitas vezes sem querer.
Uma vez, o grupo havia se metido numa batalha infernal numa caverna. Desabamento e fogo tomavam o lugar. Aí, vieram os maravilhosos testes de corrida. Com meu azar, minha feiticeira ficou cada vez mais para trás...até as chamas atingirem seu longo robe. Pedras enormes caíam intermitentemente, proibindo-a de rolar no chão para apagar o fogo. Resultado? Uma Kaioh esbaforida saiu por último da caverna com o rosto incrivelmente ruborizado, duas veias explodindo na testa e... nenhuma roupa.
“Às vezes sinto como se fosse o SAMU da Fantasia Medieval.”
A quinta (pois a 4ª foi Niele) é Clare, a clériga, que já deu as caras aqui e aqui E foi a última personagem – até o momento – que interpretei. Jogar com essa classe é ter aquela responsabilidade deliciosa de manter.todos.vivos. e lutar ao mesmo tempo. Hã...eu falhei um pouquinho, o que custou a vida de uma companheira. Mas relaxem, ela foi revivida. Clare foi também a primeira a ser de uma raça diferente. Ah, os maravilhosos elfos! Eu abusava da Mira Élfica e do sempre útil Passo Selvagem. Apesar de ser extremamente embaraçoso vociferar as magias dela – “Farol da Esperança!” – foi uma experiência muito legal interpretá-la. Vai fazer falta. Todas já fazem, na verdade.
Para matar um pouco da minha saudade, suspeito que esse não será o último desenho delas a aparecer aqui. Isso, se o mundo fizer o favor de não acabar...PORQUE NÉ.
Feliz Ano Novo para todos!
E claro, ‘té mais.
English version HERE.
"SAMU da Fantasia Medieval"... lolololololol.
ResponderExcluirGosto de como você sempre teve cuidado e atenção com suas personagens, Lu. Belo desenho e ótimo post. Traz lembranças de boas partidas de D&D.
Cada uma tem uma pastinha com a história, desenho e às vezes, até música, como se fosse o "tema" da personagem hahaha.
ResponderExcluirÓtimo saber que gostou do post e do desenho!
=)